Bolsonaro: 'Se o Haddad fosse presidente, Brasil estaria todo em lockdown' - Politica

Lockdowns temporários não tem como objetivo erradicar o vírus, mas sim segurar a onda para um ponto que o sistema de saúde tolere. Um lockdown eterno certamente reduziria a transmissão do vírus ao mínimo possível, mas de fato nenhum país vai aguentar o baque econômico de algo assim.

Mas como exemplo de uso apropriado do lockdown, Curitiba estava bem próxima dos 100% de leitos ocupados, então efetuou-se um lockdown mais agressivo por uma semana. Isso vai parar o vírus? Não, mas vai reduzir novas infecções por uns dias e isso é o suficiente para dar tempo do pessoal que está no hospital ou sair ou morrer e quando voltarmos a ter novas infecções o sistema de saúde dá conta.

O verdadeiro problema é a falta de planejamento. Nova Zelândia, grande exemplo mundial, fez lockdowns sempre com um plano, esse plano sendo: "vamos identificar todos os infectados, todos com quem eles tiveram contato, e separar eles para quarentena, finalizando o lockdown". Mas um país que não tenha dinheiro nem estrutura ou que tenha muita área/população não vai conseguir fazer algo assim.

Fazer lockdown sem plano realmente tem pouca serventia. O problema é que os governantes, tanto aqui quanto na Argentina, são meros escravos de várias outras forças. Nós estamos fazendo lockdown apenas quando não existe nenhuma outra opção: leitos em quase 100%, se não fizermos lockdown é caos absoluto, então fazemos lockdown.

O ideal seria ter um planejamento de contenção melhor para não precisar do lockdown. Mas aí voltamos à questão dos governantes serem escravos de forças maiores... mesmo durante os lockdowns mais agressivos, "igreja é essencial, então pode congregar". No caso, o ideal seria termos uma posição oficial do governo federal a fim de definir regras de distanciamento social.

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