Sou engenheiro, aficcionado por história brasileira, especialmente monarquia, e pensei em ser professor fazendo uma pós graduação em ensino.

A primeira matéria do semestre era formação da sociedade brasileira. Não imaginava que teria tanto nojo de uma matéria. Não a matéria em si mas a maneira como ela era dada. Sempre a ridícula dualidade de oprimido e opressor, como se toda a história fosse movida por duas classes e fim. Simplificações irritantes e erradas. Idolatração ao getulismo e demonização do capitalismo. Capitalismo ao extremo que leva ao fascismo, claro. Conclusões que nem sequer fazem sentido como o famoso a guerra do Paraguai foi o Brasil querendo destruir (não vamos nos esquecer da influência da Inglaterra que, mesmo com relações cortadas, influenciou o Brasil) a grandiosa indústria paraguaia tendo o mato grosso sendo invadido por eles.

Neste último tópico eu preparei uma apresentação para a turma como trabalho, apresentando as razões da guerra, uma aprofundação da sociedade brasileira na época (extremamente interessante na minha opinião) e o desastre que foi tanto para a tríplice aliança quanto para o Paraguai. E o professor me disse, desconfortável, que eu realmente fiz bastante pesquisa mas deveria checar melhor as minhas fontes.

Larguei o curso. O contraste com a engenharia era demais. Matérias de história, sociologia não são pesquisa, são circojequismos com pseudo discussões onde a opinião do professor vale mais que os fatos.