Marisa Matias: “Só podemos combater os neofascismos se não recusarmos nenhum combate”

Forenza identificou dois inimigos – “o capital neoliberal e o populismo da direita negra” – e apresentou a possível solução: “O feminismo é a perspetiva política mais poderosa contra o neoliberalismo e contra o fascismo.” Já Palazzotto apontou o dedo à Europa – “cúmplice de Salvini” – e alertou para a crise migratória do Mediterrâneo, um problema com que Itália lida de forma mais direta.

A esquerda devia afastar-se do termo 'populismo', é tão facilmente usado para descrever políticas humanistas apoiadas por uma esmagadora maioria (como se vê nos fenómenos de Bernie Sanders e de Jeremy Corbyn) como é usado para descrever retórica neofascista abertamente hostil aos desfavorecidos e marginalizados (Bolsonaro, Salvini, Duterte, etc.). Não é por coincidência que é um termo muito adorado pelos canais centristas de comunicação social, por todo o mundo.

Quanto a possíveis soluções, só há uma: a redistribuição em massa das riquezas mal adquiridas do primeiro mundo. A única maneira de combater as políticas de identidade neofascistas só pode ser feita na arena de política de classes.

https://youtu.be/hdI578k2Sy8

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