Muito provavelmente agressor e vítima estão no mesmo espectro político.
Um se acha no direito de parar em qualquer lugar, porque não quer gastar seis reais de estacionamento.
O outro se acha no direito de agredir, porque é guarda.
Os dois estão errados, mas os dois se acham certos.
Nesse caso, ficou ruim para o guarda porque foi filmado. Não fosse assim, o pastor estaria fazendo uma transação penal para não responder penalmente.
É esse o resultado de dar pequenos poderes sem qualquer tipo de fiscalização ou abuso. E para isso chegar ao ponto que chegou, os pastores ajudaram decisivamente.
Esse é o resultado: violência gratuita porque o carro ocupou o espaço sagrado de uma divindade guardífera, para quem o pastor muito provavelmente já rendeu homenagens pela truculência.