"Muitos colegas meus emigraram porque desistiram"

nunca deves ter trabalhado numa empresa para teres uma opinião dessas sobre o mundo do trabalho.

o empreendedorismo não é só saíres de casa e fazeres uma empresa. é também trabalhares com afinco na empresa que é de outra pessoa, ajudá-la a criar melhores produtos, é levares o teu trabalho a sério, estudares, planeares, estares constantemente a melhorar o teu desempenho. isto ao invés do não-empreendedor, o gajo que chega às 9 para às 10 ir tomar café e às 12:30 sair para almoçar, só voltar às 14:30, lanchar às 16 para sair às 17h30. não são poucos estes. e são eles que fodem a moral a toda a gente e são eles que, protegidos por contratos que a constituição e as leis os protegem de tudo e mais alguma coisa, sabem perfeitamente que nada lhes vai acontecer, desde que façam o deles e pouco mais. todos nós que trabalhamos em empresas sabemos que há tanta mas tanta gente assim.

depois, há essa absurda comparação entre empreendedorismo e ser jotinha. o que é que o cu tem a ver com as calças? se há coisa que define o jotinha é ser CONTRA o empreendedorismo. é que seres empreendedor implica criares uma empresa, teres trabalho a criar o produto que a tua empresa quer vender, arranjares clientes e conseguires vender o teu produto a essas pessoas. o menino do partido quer tudo menos isso: quer abanar as bandeiras para conseguir o cargo na Direcção-Geral A ou B.

e depois é óbvio que há uma tão grande ligação entre a falta de empreendedorismo e a emigração. quem está a emigrar são, muitos deles, jovens licenciados que não encontram no mercado de trabalho aquilo que procuram. se houvesse mais gente com capacidade a criar empresas que florescessem, haveriam mais empregos também. e quando digo empreendedores, digo gente que paga salários, não os chico-espertos que usam os recibos verdes para fazer empresas quase sem custos.

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