Fazes teses a metro? Capacidade de síntese, clareza das ideias, objectividade, etc, isso valoriza-se. Na minha licenciatura e mestrado só pude usar 60 páginas, desde o final do índice até à página com o título da bibliografia. A partir daí era o que entendesse ser necessário ou útil. Ainda assim, havia pessoal que achava que 70 e poucas páginas eram poucas, então toca a imprimir os artigos que leram e a espetar lá para o final. Não sei em que faculdade andas mas das que conheço, parece-me que vais ser mais um.
Quanto à notícia, que é o que se discute, o artigo parece ser bastante tendencioso. E os consultados, igualmente. Pelos vistos, ele teve três opções para concluir o mestrado - tese, dissertação e projecto. Optou pela última. Isto não implica necessariamente recolha de dados, análise estatística ou sequer revisão exaustiva bibliográfica. Parece-me até (desconhecendo os critérios da referida faculdade) que pode apresentar algo no plano teórico mas focado numa aplicação prática, passe o pleonasmo. Vou ver no site se têm os critérios de elaboração e avaliação. Se houve facilitismo (que é essa a ideia que o artigo reforça), isso só fica mal à faculdade e a toda aquela estrutura docente e de direcção. Mas acontece em todo o lado, há até quem se tenha formado sem nunca ter acabado o curso ou mesmo aqueles que o terminaram a um domingo. Nestes casos, os Doutores de Coimbra e Lisboa não falam, mas como o alvo parece ser uma privada irrisória, não se perca a oportunidade!
(estou a fazer de advogado do diabo. na altura da notícia também saltei para o bandwagon mas lembrei-me dum prof que tive -- bem famoso na praça -- cujo nivel de dificuldade dos exames era extremo. era raro alguém não ir a recurso em setembro, depois de chumbados na avaliação normal e exame. muitos não apareciam, porque desistiam e preferiam tentar fazer a cadeira no ano seguinte. em setembro ninguém reprovava, era premiado o esforço e a persistência do aluno, cujo prof já conhecia bem por aquela altura. e com isto quero dizer que por muito guna, ladrão etc, que seja, há-de ter algum valor...)