É um desperdício de recursos públicos quando estes podiam ser orientados para a construção de ciclovias separadas totalmente de estradas para automóveis.

Esta "solução", na medida em que trata um problema, só o consegue fazer para uma pessoa de cada vez e é completamente supérfluo se as bicicletas em circulação forem bicicletas adequadas para o movimento urbano, algo que a vasta maioria das bicicletas vendidas em Portugal não são. Essas são indicadas para trajetos inimpedidos, daí os assentos estarem inclinados ligeiramente para a frente e haver uma barra que passa por baixo do assento até o tronco do volante.

Na Holanda, onde as bicicletas são desenhadas de forma ergonómica e para populações urbanas, o assento não tem inclinação e não há essa barra em cima, o que torna entrar e sair da bicicleta em algo trivial. Os assentos também não são tão altos, logo não há dificuldade ou desconforto em simplesmente pousar os pés. E é por esse e outros motivos que na capital do ciclismo urbano não existe uma única coisa semelhante a esta merda que a CML decidiu encomendar.