Faz parte da polarização. Mas a realidade é que não existe político com tração que faça economia de esquerda, nem aqui, nem nos EUA, nem em praticamente nenhum país com dinheiro. Se tentar, as elites não permitem que seja eleito. Nos EUA a coisa é mais complicada pois sem o dinheiro da elite você não consegue fazer campanha e ser eleito, mas aqui no brasil também não tem como você ser eleito pra um cargo alto sem aprovação das elites, que são motivadas financeiramente.

Basicamente, foi normalizado que agradar os ricos é só algo que todos vão fazer, não existe mais variação real entre os políticos economicamente. Governo PT, supostamente a "cara da esquerda brasileira", foi um dos governos mais voltados aos empresários que já tivemos. Governo do bozo está até menos livre mercado do que o governo PT, apesar ser chamado de "extrema direita". A economia está travada e nisso não se mexe mais, é um centrismo voltado aos ricos, no máximo o poder da hora pode decidir pra que lado voam as migalhas (pt jogava as migalhas aos pobres, bozo joga as migalhas às milícias/igrejas/FAs).

Aí no fim sobra só as questões de liberdades individuais. A "esquerda" aceitou para si o Liberalismo, enquanto a "direita" se associou mais forte com o conservadorismo religioso. Esquerda e direita deveriam significar economia, mas não é o caso já tem um bom tempo. No fim não tem motivo para ficar zangado, palavras mudam de significado com o tempo e isso é absolutamente normal. O importante é só tomarmos cuidado para impedir que o que aconteceu em 2018 continue acontecendo: ameaças econômicas inexistentes levando a população pro lado de uma extrema direita que é contra liberdades individuais.