Pobres do /r/Brasil, qual o momento que vcs perceberam que são muito pobres mesmo?

O que a vida poderia me oferecer? Muito sucesso no rap e um teco pra morrer. A raiva cresce e me enfurece, eu sou mais um fudido, que mora no DF.

Sem nada pra comer, sem nada na panela. A noite vai chegar, a noite acende a vela. A raiva cresce e me enfurece, eu sou mais um fudido, que mora no DF.

Vê se me esquece parceiro aí me deixa quieto, eu vou andar na linha, eu vou andar correto. É foda ver o seu filho chorar, é foda ver o seu filho roubar. Pra ter pisante novo, no ano novo, chester no Natal uma estia no bolso. Pra ter o que comer, pra ter o que fazer, desbaratino total cruel por muitas vezes.

Não foi a vida que pedi pra mim. Mas desse jeito, vou ter que ir até o fim. Vou me virar, não to afim é de roubar, e um a toa eu não tô afim de assinar. Meter os ferro, cair pro sono eterno, mexer com droga não, aí, tô mais esperto. Bem que eu podia, vender uma farinha. Bem que eu podia, assaltar a padaria.

Disposição e motivo aqui pra mim não falta, dinheiro fácil, aí eu vou manter a calma. Será que Deus ainda olha por mim? Será que Deus vai deixar eu morrer assim?

Creio que não como manda o figurino, cuidar da minha esposa, comida pros meus filhos. Só uma chance apenas uma oportunidade, de arrumar um trampo e ter honestidade. A raiva cresce e me enfurece, eu sou mais um fudido, que mora no DF. E assim que nós vemos apenas a lição... a ocasião faz o ladrão.

O que a vida poderia me oferecer? Muito sucesso no rap e um teco pra morrer. A raiva cresce e me enfurece, eu sou mais um fudido, que mora no DF.

Periferia de Brasilia. Ceilândia, Sobradinho, um salve Planaltina. Quantos pensam da mesma maneira? Samamba e recanto sem dó, a feira. O mundo roda véi, o tambor gira irmão, não quero me afogar, não quero ser ladrão. Deve existir uma solução pro sofrimento. Outro caminho a não ser o movimento.

De olho na esquina, traficante perde a vida, o som toca, ficar aqui não tem estia. Provavelmente é o que o sistema quer, morrer na cocaína sem dinheiro e por mulher.

Acho que Deus deve tá é me testando, um camarada me chega com alguns planos. Casa de dólar, meter uma joalheria, talvez seja a chance que eu tanto queria.

É tentador, talvez tirar o pé da lama. É cabuloso, resto da vida ir em cana. Qual é que é, me confunde e agita a minha mente, se me entende, aí compade de repente, é que a gente se encontra, e acerta as contas, e por acaso, desativar a velha bomba. Se por acaso a nossa guerra não tiver mais fim, a paz vai depender de você talvez de mim. A conclusão você já tá ligado, não quero aprontar, já era um abraço. E é assim que nós vemos apenas a lição... a ocasião faz o ladrão.

O que a vida poderia me oferecer? Muito sucesso no rap e um teco pra morrer. A raiva cresce e me enfurece, eu sou mais um fudido, que mora no DF.

Pintou também uma fita lá no Plano, setor comercial, não me lembro qual o banco. E a casa caiu, mais cedo do que imaginava, DPE uma dependência sua nova casa. Ainda bem que recusei o convite. Ainda bem que consegui passar dos vinte.

Tô sussegado, do jeito que eu tô, tô melhor, sem assinar nenhum inquérito e nem BO. Mas saca só, qual é a finalidade, que quer viver no crime e morrer na maldade?

E é assim que se opera o ciclo por aqui, morrer pela polícia e caminhar pro seu próprio fim. Mas de que jeito, é muito desacerto, me jogam num buraco, quadrilha que faz medo. A raiva cresce e me enfurece, eu sou só mais um fudido, que mora no DF. E é assim que nós vemos apenas a lição, a ocasião faz o ladrão.

O que a vida poderia me oferecer? Muito sucesso no rap e um teco pra morrer. A raiva cresce e me enfurece, eu sou mais um fudido, que mora no DF.

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