Senadora Marta Suplicy troca o PT pelo PSB em maio para concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2016

Apesar de azarão nas eleições municipais (venceu literalmente na última hora), na campanha eleitoral Haddad apresentou projetos muito mais interessantes que os concorrentes. Ele tinha idéias boas, mas não foi competente o suficiente para colocá-las em prática.

O "Arco do Futuro" era o projeto que construiria infra-estrutura em bairros da cidade para atrair empresas e desafogar o centro. Mas depois de três anos na administração, o "Arco do Futuro" virou "Rodinha do Passado" "Eixos de Desenvolvimento" (agora se limita a pequenas melhorias em algumas vias, muitas já realizadas na administração anterior) e jogado no Plano Diretor para ser realizado em um futuro próximo esquecido. As promessas de incentivar a moradia no centro também não saíram do papel (inclusive o aumento do IPTU foi ridiculamente maior no centro, vai entender). Ao invés de desapropriar imóveis abandonados e incluí-los em programas sociais de moradia existentes, a gestão preferiu promover invasões e jogar diversas famílias na ilegalidade.

Na campanha ele prometeu também descentralizar a administração, fortalecendo as subprefeituras. Após três anos, as subprefeituras permanecem sucateadas.

Três anos depois, os corredores de ônibus prometidos (Av. 23 de maio, Bandeirantes, etc) continuam no papel e alguns foram cancelados, e outros viraram faixas de ônibus. A tarifa aumentou (de R$ 3,00 para R$ 3,50) mesmo com o escândalo da divulgação do lucro da máfia dos transportes. A base governista tentou abafar as investigações, não conseguiram e então aparelharam a CPI, e no final conseguiram o que desejavam. E para completar com a cereja do bolo, mesmo com todo o aperto e a demora nos intervalos entre ônibus atuais, a prefeitura está reduzindo a frota de ônibus na cidade.

A iluminação pública (que já era ruim), agora está crítica. Principalmente no centro antigo e nos bairros periféricos. Mas por algum motivo obscuro, as marginais que já eram bem iluminadas vem recebendo investimentos ano atrás de ano. Contrariando o discurso bélico contra os automóveis, a prefeitura vem priorizando as grandes vias desde o começo.

Enfim, fica a impressão que a tática de gestão do Haddad é jogar tudo nas mãos de seus assessores, e rezar para dar certo. Não deu. É uma gestão terrível que poderia ser boa, mas faltou competência (e em alguns casos, vontade).

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